O que é a Inteligência Artificial e como viver sem trabalhar
Ao longo do século XX assistiu-se a uma evolução exponencial da automação e da informação graças à utilização crescente de computadores que realizam tarefas rotineiras e disponibilizam informação muito mais rápido e melhor que os humanos e as velhas bibliotecas. Passámos da revolução industrial para a revolução da informação. E isso gerou novas formas de trabalho. E de lazer.
Agora com o aumento do poder da computação quântica e com a massificação da Inteligência Artificial (IA) estamos a entrar numa nova era: A revolução social. Quase todo o tipo de trabalho que conhecemos, manual, intelectual ou criativo e artístico, pode vir a ser realizado por máquinas apoiadas por pessoas, por pessoas apoiadas por máquinas ou, mais disruptivo e inovador, totalmente realizado por máquinas.
E nós humanos? O que vamos fazer? Especialmente aqueles que estão tão viciados no trabalho e nas crenças de que quem não trabalha não é boa pessoa e muito menos bom cidadão?
Trabalhar com a IA e Socializar. Isso mesmo. É a chamada revolução social. O trabalho é uma coisa que faremos com prazer numa pequena parte do tempo, apoiado por máquinas mais inteligentes do que nós. O resto é para a família, os amigos e para nós próprios. Para viver a vida.
De acordo com a Pordata mais de metade da população portuguesa já não tem um emprego tradicional. A chamada população ativa já é minoritária e a tendência nos próximos anos é que muito poucos serão os que podem ser apelidados de trabalhadores pelos velhos conceitos marxistas. E isso pode gerar muitos conflitos e desequilíbrios porque muitos se sentem perdidos e inseguros.
Por isso é urgente educar para trabalho com IA mas também para o lazer apoiado por subsídios. Para o convívio social. Para cuidar do próximo. Para o equilíbrio connosco próprios e com o mundo humano e natural que nos rodeia. Para a filosofia e mesmo para o espiritual. Porque só vai haver trabalho tradicional para uma pequena minoria.
Muito já está a ser feito um pouco por todo o mundo.
Esta palestra no vídeo abaixo é mais um pequeno contributo nesse sentido:
Comentários
Enviar um comentário